Brasil pode recuperar certificação de país livre de sarampo

Após ressurgimento da doença, país completa dois anos sem transmissão em território nacional. Vacinação contra o sarampo evitou 21,1 milhões de mortes, estima OPAS/OMS

14.06.2024

O Brasil completou, neste mês, dois anos sem transmissão do sarampo em território nacional, segundo dados do Ministério da Saúde. Com isso, o país poderá retomar a certificação de ‘livre de sarampo’. O último caso foi confirmado em 5 junho de 2022, no Amapá.

A certificação foi conquistada em 2016, graças às vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas a doença ressurgiu em 2019, diante da queda da cobertura incentivada pelo movimento antivacinação.

Em maio, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas, apoiada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realizou visitas ao Brasil para avaliar o controle da doença no território nacional.

O sarampo é uma doença potencialmente grave e altamente contagiosa, causada por um vírus da família paramyxorividae. Antes da introdução da vacina, em 1963, epidemias de sarampo chegaram a causar até 2,6 milhões de mortes ao ano. A doença continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas no mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz. Aproximadamente 110 mil pessoas morreram por sarampo em 2017 – a maioria crianças com menos de cinco anos. De 2000 a 2017, a vacinação contra o sarampo evitou aproximadamente 21,1 milhões de mortes, segundo dados da OPAS/OMS.

Movimento Nacional pela Vacinação –  O Ministério da Saúde lançou, no ano passado, o Movimento Nacional pela Vacinação, buscando recuperar a confiança da população e promover a busca ativa, melhorando indicadores. A vacinação voltou a ser condicionante para recebimento do Bolsa Família. O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou, em março, a legalidade da exigência do cartão de vacina nas escolas.

“O Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era respeitado no mundo pela capacidade e pela qualidade de nossas enfermeiras e nossos enfermeiros, [capazes] de dar a injeção [de vacina] em todo povo brasileiro”, afirmou o presidente Lula da Silva, no lançamento.

Fake news – O marco da desconfiança internacional sobre vacinas, que ainda reverbera nos dias atuais, aconteceu em 1998, quando o médico Andrew Wakefield apresentou uma pesquisa preliminar, posteriormente despublicada pela revista Lancet, associando a tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, ao autismo. Ao analisar o estudo, em 2004, foi constatada fraude nos dados e o conflito de interesses do próprio médico.

Difundir fake news é infração ética. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem podem responder processos éticos em caso de difusão de fake news. “Espalhar desinformação e boicotar as diretrizes das autoridades sanitárias coloca em risco toda a população”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.

 

Fonte: Fonte: Ascom/Cofen

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