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Área da Enfermagem Forense avança no Tocantins

Coren-TO promoveu curso na área e empossou Câmara Técnica de Enfermagem Forense

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25.04.2022

Quase cinco anos após o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) regulamentar a prática da enfermagem forense no Brasil, o Tocantins começa a dar os primeiros passos efetivos para o exercício desse ramo de atuação em nível estadual. Na última terça-feira, 19, membros da Comissão Nacional de Enfermagem Forense conduziram um curso de sensibilização voltado exclusivamente para enfermeiros tocantinenses.

A atividade formativa abordou conceitos, fundamentos teóricos e diversas dinâmicas que demonstraram as possibilidades do exercício da enfermagem forense como prática fundamental para prestar assistência às vitimas de violências que demandam os serviços de saúde. Palmas foi a quinta capital brasileira a receber o curso realizado pela Comissão do Cofen, que já percorreu Fortaleza, Recife, Cuiabá e Distrito Federal.

Uma das especialistas a conduzir a formação, a enfermeira Zenaide Cavalvanti de Medeiros Kernbeis, que integra a Comissão Nacional de Enfermagem Forense do Cofen e preside a Associação Brasileira de Enfermagem Forense, afirmou que a área é bastante ampla. “A enfermagem forense não é igual as demais especialidades, ela perpassa por todas as outras, porque ela vai desde a urgência e emergência até a unidade de saúde da família, podendo ser muito atuante em todos os âmbitos da enfermagem e não se limitando a um único campo”, disse.

O coordenador da Comissão Nacional de Enfermagem Forense, Antônio José Coutinho de Jesus, explicou que é uma área promissora para os enfermeiros do Brasil e que o Cofen está empenhado em viabilizar meios para sensibilizar os profissionais nos demais estados brasileiros. Ele considerou que o curso em Palmas foi muito importante para firmar as bases dessa prática no Tocantins.

O coordenador também destacou a importância da área para garantir atendimento especializado às vítimas de violência, que cresceram no período da pandemia. “O nosso objetivo na verdade é trazer a enfermagem forense para as pessoas vítimas de violência, para que elas possam ter um profissional que ao prestar assistência no pronto-socorro dos hospitais, também possa fazer a busca de vestígios nesse corpo maltratado, para assim poder oferecer à justiça elementos de prova que ajudem a condenar o agressor”, detalhou.

Câmara Técnica – Durante a passagem por Palmas, Antônio José Coutinho e Zenaide Kernbeis participaram da cerimônia de posse da Câmara Técnica de Enfermagem Forense do Coren-TO, e das reuniões com representantes do Instituto Médico Legal (IML) de Palmas e do Hospital Geral de Palmas (HGP) para tratar a respeito do exercício da enfermagem forense nesses locais.O ato aconteceu na sede do Coren-TO, na última quarta-feira, 20.

A Câmara Técnica será coordenada pelo conselheiro Adeilson José Reis e tem como membros a enfermeira e supervisora do IML de Palmas, Allaynne Mourão da Silva Caneiro; e os enfermeiros Glamar Cunha da Silva, que atua no IML e no Serviço de Verificação de Óbitos de Palmas; e Claudoaldo Martins de Queiroz, que atua no HGP.